PETIÇÃO 2 - ASSINAR, UM FAVOR À LÍNGUA-MÃE!
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No seguimento da recente reorganização da rede escolar e dos agrupamentos de disciplinas, o ensino das línguas clássicas passou a residual nas escolas secundárias, e em muito poucas, e corre o risco de desaparecer em breve do ensino superior.
Razões de ordem financeira limitam a oferta das línguas clássicas e das línguas e literaturas estrangeiras, também elas em grande perigo em todos os níveis de ensino, apesar de existir um escol de professores e especialistas, até de nível internacional, constituído com grande investimento económico e financeiro, em áreas que são índice de desenvolvimento e fazem parte da tradição cultural dos países que pretendemos igualar.
Ignorando que “a matemática e as ciências não formam cidadãos”, como lembrou Manuel Damásio (Expresso, 10/03/2006), os responsáveis políticos arriscam-se a privar os jovens portugueses da possibilidade de conhecer as raízes comuns da identidade nacional e europeia e dos valores que constituem a génese do património cultural, ético e cívico ocidental.
É este também o parecer do médico e professor Nuno Grande, no seu comentário a propósito da herança clássica e do livro de George Steiner, A ideia de Europa (JN, 27/04/2006): “a recuperação dos direitos humanos, da solidariedade e da fraternidade com todos os povos, com respeito pelas diferentes identidades culturais ... são determinantes da dignificação da Humanidade, a qual se encontra na percepção da sabedoria, na demanda do conhecimento desinteressado e na criação da beleza”.
Ora, os valores enunciados constituem marca da própria identidade europeia, conforme recordou recentemente J. M. Durão Barroso, Presidente da Comissão Eurpeia (SIC – Notícias, 13/05/2006), e representam o essencial da formação humanista e clássica, razão suficiente para não serem eliminados do sistema educativo os seus instrumentos, as línguas clássicas.
Os signatários, cujos nomes se seguem, fazem, pois, um apelo aos nossos governantes e à opinião pública:
- pedimos que não reneguem as próprias raízes greco-latinas de uma concepção nobre da política e da sociedade, ética e à escala humana;
- reivindicamos o restabelecimento de condições que facultem a todos os jovens a possibilidade de estudarem as línguas e as culturas clássicas em todos os níveis de ensino, das escolas básicas e secundárias às politécnicas e universitárias.
Promotores:
APEC — Associação Portuguesa de Estudos Clássicos
Instituto de Estudos Clássicos da Universidade de Coimbra
Departamento de Estudos Clássicos da Universidade de Lisboa
PETIÇÃO EM FAVOR DAS LÍNGUAS CLÁSSICAS EM PORTUGAL
No seguimento da recente reorganização da rede escolar e dos agrupamentos de disciplinas, o ensino das línguas clássicas passou a residual nas escolas secundárias, e em muito poucas, e corre o risco de desaparecer em breve do ensino superior.
Razões de ordem financeira limitam a oferta das línguas clássicas e das línguas e literaturas estrangeiras, também elas em grande perigo em todos os níveis de ensino, apesar de existir um escol de professores e especialistas, até de nível internacional, constituído com grande investimento económico e financeiro, em áreas que são índice de desenvolvimento e fazem parte da tradição cultural dos países que pretendemos igualar.
Ignorando que “a matemática e as ciências não formam cidadãos”, como lembrou Manuel Damásio (Expresso, 10/03/2006), os responsáveis políticos arriscam-se a privar os jovens portugueses da possibilidade de conhecer as raízes comuns da identidade nacional e europeia e dos valores que constituem a génese do património cultural, ético e cívico ocidental.
É este também o parecer do médico e professor Nuno Grande, no seu comentário a propósito da herança clássica e do livro de George Steiner, A ideia de Europa (JN, 27/04/2006): “a recuperação dos direitos humanos, da solidariedade e da fraternidade com todos os povos, com respeito pelas diferentes identidades culturais ... são determinantes da dignificação da Humanidade, a qual se encontra na percepção da sabedoria, na demanda do conhecimento desinteressado e na criação da beleza”.
Ora, os valores enunciados constituem marca da própria identidade europeia, conforme recordou recentemente J. M. Durão Barroso, Presidente da Comissão Eurpeia (SIC – Notícias, 13/05/2006), e representam o essencial da formação humanista e clássica, razão suficiente para não serem eliminados do sistema educativo os seus instrumentos, as línguas clássicas.
Os signatários, cujos nomes se seguem, fazem, pois, um apelo aos nossos governantes e à opinião pública:
- pedimos que não reneguem as próprias raízes greco-latinas de uma concepção nobre da política e da sociedade, ética e à escala humana;
- reivindicamos o restabelecimento de condições que facultem a todos os jovens a possibilidade de estudarem as línguas e as culturas clássicas em todos os níveis de ensino, das escolas básicas e secundárias às politécnicas e universitárias.
Promotores:
APEC — Associação Portuguesa de Estudos Clássicos
Instituto de Estudos Clássicos da Universidade de Coimbra
Departamento de Estudos Clássicos da Universidade de Lisboa
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