Contra as praxes abusivas
Está online a seguinte petição contra as praxes abusivas:
Por um Ensino Superior livre, onde as pessoas sejam respeitadas e tratadas como... pessoas! Embora saibamos que, enquadradas nas praxes, se fazem, por vezes, actividades e jogos que promovem uma verdadeira integração, desenrolando-se de forma responsável, num espírito criativo e divertido, não nos parece que estas sejam a melhor maneira de acolher os novos alunos, pois, com demasiada frequência, são obrigatórias, violentas, humilhantes e sexistas. Por isso, não desempenham um bom serviço à comunidade e perturbam o normal andamento das actividades de ensino, administrativas e técnicas, sendo perfeitamente dispensáveis, como o provam anos e anos de vida académica sem a sua existência. Podem e devem ser substituídas por acções voluntárias, tanto a nível cultural, como de informação e convívio, que favoreçam um bom ambiente para todos. Por uma consciencialização colectiva neste contexto, a nível nacional, e para que os responsáveis tomem as medidas necessárias à cessação dos abusos perpetrados nas praxes, contrários ao espírito de liberdade e dignidade humana consagrado no meio académico.
Eu já assinei. Os que concordarem façam-no também e divulguem:
http://www.PetitionOnline.com/praxe/petition.html
Por um Ensino Superior livre, onde as pessoas sejam respeitadas e tratadas como... pessoas! Embora saibamos que, enquadradas nas praxes, se fazem, por vezes, actividades e jogos que promovem uma verdadeira integração, desenrolando-se de forma responsável, num espírito criativo e divertido, não nos parece que estas sejam a melhor maneira de acolher os novos alunos, pois, com demasiada frequência, são obrigatórias, violentas, humilhantes e sexistas. Por isso, não desempenham um bom serviço à comunidade e perturbam o normal andamento das actividades de ensino, administrativas e técnicas, sendo perfeitamente dispensáveis, como o provam anos e anos de vida académica sem a sua existência. Podem e devem ser substituídas por acções voluntárias, tanto a nível cultural, como de informação e convívio, que favoreçam um bom ambiente para todos. Por uma consciencialização colectiva neste contexto, a nível nacional, e para que os responsáveis tomem as medidas necessárias à cessação dos abusos perpetrados nas praxes, contrários ao espírito de liberdade e dignidade humana consagrado no meio académico.
Eu já assinei. Os que concordarem façam-no também e divulguem:
http://www.PetitionOnline.com/praxe/petition.html
6 comentários:
Eu não sei como se podem tomar medidas contra os abusos das praxes a nível superior. Não será, certamente, com legislação ... A unica forma de interromper este círculo de desrespeito pelo outro é tentar entender:
1.º- Para que servem as praxes?
2.º- Quem se submete aos vexames que estas muitas vezes implicam vão, numa grande parte das vezes submeter os outros a actos ainda mais vexatórios ( sentimentos de poder e/ou de vingança mais ou menos inconscientes )
3.º- Que sentimento de pertença específico é que as "praxes" vão desenvolver nas pessoas? A quê e a quem?
Faço parte de uma geração que frequentou ensino superior num período em que as " tradições académicas " estavam "de luto ", portanto não eram agidas. Durante 10anos, na Universidade de Coimbra , não houve espaço para " as tradições académicas ", e, pessoalmente, nunca senti a sua falta.
Em contrapartida foi um tempo de grande debate polítido e ideológico, com tudo que de positivo e negativo pode acarretar, mas, na minha opinião, muito enriquecedor.
O que me parece fundamental para que as actuais praxes deixem de ser, em tantos casos, a imbecilidade que são, é somente a capacidade dos praxados dizerem " BASTA" quando sentem que os outros estão a ultrapassar os seus limites.
É também aqui uma forma de agir a cidadania !!!
By AC, às sexta-feira, setembro 01, 2006 10:49:00 da tarde
O que me parece fundamental para que as actuais praxes deixem de ser, em tantos casos, a imbecilidade que são, é somente a capacidade dos praxados dizerem " BASTA" quando sentem que os outros estão a ultrapassar os seus limites.
Concordo plenamente! Eu ingressei no passado ano na Universidade e tenho a dizer que, por experiência própria, nem motivos de queixa tenho em relação a praxes, mas também não me quis envolver muito nesse ambiente e sempre me mantive afastada. No entanto, tenho conhecimento de casos de pessoas que aceitaram fazer coisas que eu jamais faria e sei que nem estou num curso/estabelecimento de ensino onde estas são mais violentas. Além disso, ouvia constantemente dos meus colegas dizeres do tipo "que seca, lá vêm eles praxar de novo" ou "já estamos fartos", no entanto, nem punham em causa recusar ou expressar aos "doutores" o seu descontentamento. E agora é vê-los todos entusiasmados porque já podem praxar... É, de facto, um ciclo vicioso que não irá ter fim até que as pessoas percebam que aquilo de integração pouco ou nada tem e que se não se sentem motivados ou interessados em participar, não têm que o fazer.
By Mariana, às sexta-feira, setembro 01, 2006 11:10:00 da tarde
Pois é. Por isso é que eu penso que a única forma de se alterarem as coisas é que jovens estudantes, que pensam como a Mariana, tenham uma intervenção no terreno de informação e formação em relação aos que chegam, que muitas vezes têm medo de não aderir e de serem expulsos de um "paraíso" que só idealizam (e que não é paraíso nenhum), e também em relação aos "doutores" no sentido de tomarem consciência da consequência dos seus actos.
By AC, às sábado, setembro 02, 2006 1:31:00 da manhã
Eu, felizmente, tendo rejeitado muitas 'praxes' não fui alvo de discriminação. Agora, eu creio que o essencial é que os que rejeitam e não concordem com a praxe não assumam uma posição, no fundo igual à outra, "eu é que tenho razão". A agressividade na argumentação de ambos os lados tem sido uma motivação estúpida para criar aqui uma "guerra da intolerância". Os argumentos de alguns estudantes favoráveis à praxe são, por vezes, rebatíveis e é nessa conversa que podemos mostrar porque achamos que podemos ser contra a praxe, não a praticar nos que vêm a seguir e porque acreditamos que existem outras formas de socialização.
Pedro
By Pedro Monteiro, às sábado, setembro 02, 2006 11:38:00 da manhã
Respeitar as tradições, por princípio, é natural e saudável. Mas há limites. Não sou contra certas formas de praxe que introduzem a vertente convívio, o aroma da descontracção, o sabor da irreverência. Mas, quando a praxe é uma forma de impor certa "autoridade" aos mais novos, aos que não têm culpa de terem chegado depois, é uma ignominiosa cobardia, uma estupidez crassa, uma traição aos princípios éticos e democráticos que devem ser apanágio de todo o estudante que se preze. Faz lembrar aquele princípio rançoso e ultra-tradicionalista da "antiguidade é um posto"! Na selva os animais demarcam o território, quem chegou primeiro e urinou em certas árvores é "rei" nessa área! Os que chegarem depois têm que "respeitar" essa marca indelével!
Aqui, os "caloiros" têm que "respeitar" essa "marca". A da "antiguidade que é um posto".
A sua "urina" é a pressão exercida pelo grupo, a chacota estulta e grosseira para intimidar quem é obrigado a "cheirar" essa "marca".
Para mim, que sempre defequei na praxe, ela nunca existiu!!!
Já chega de selvas e de selvagens!!! A cultura não é isto!!!
By José Leite, às segunda-feira, setembro 04, 2006 9:18:00 da manhã
Convido a ler e comentar o seguinte artigo (e outros relacionados) em:
http://notasemelodias.blogspot.com/2008/09/notas-sobre-praxes-e-praxe.html
Com os melhores cumprimentos.
By J.Pierre Silva, às quinta-feira, outubro 09, 2008 11:56:00 da tarde
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