M!CporCoimbra

2007/06/29

Manuel Alegre: exoneração ordenada por Correia de Campos é "desproporcionada" e "intolerante"

Polémica no Centro de Saúde de Vieira do Minho
29.06.2007 - 09h12 Lusa


O deputado do PS Manuel Alegre considerou hoje "desproporcionada" e "intolerante" a decisão de Correia de Campos de exonerar a directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho que, segundo a tutela, se recusou a retirar um cartaz com um comentário considerado jocoso em relação ao ministro da Saúde.

Em declarações aos jornalistas, o ex-candidato presidencial disse ter lido o despacho publicado ontem em Diário da República, classificando-o como "confuso".

Segundo o deputado socialista, pelo despacho "é difícil perceber-se o que se terá passado no Centro de Saúde de Vieira do Minho".

"Em todo o caso, penso que se está perante uma reacção desproporcionada e pouco conforme com a tradição de tolerância e de espírito crítico dos socialistas", declarou Manuel Alegre.

Manuel Alegre deixou ainda um recado para o interior do PS e para o Governo: "Pretendi educar muita gente no PS dentro desse espírito de tolerância, mas, pelos vistos, sem resultados".

O despacho de exoneração de Maria Celeste Vilela Fernandes Cardoso foi publicado ontem em Diário da República. A agência Lusa diz ter recebido uma cópia das mãos de deputados socialistas que se manifestaram "incomodados com a situação".

"Pelo despacho (...) do Ministro da Saúde, de 5 de Janeiro, foi exonerada do cargo de directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho a licenciada Maria Celeste Vilela Fernandes Cardoso, com efeitos à data do despacho, por não ter tomado medidas relativas à afixação, nas instalações daquele Centro de Saúde, de um cartaz que utilizava declarações do Ministro da Saúde em termos jocosos, procurando atingi-lo", lê-se no despacho.

Perante este caso, o ministério considerou demonstrado que Maria Celeste Cardoso não reúne condições "para garantir a observação das orientações superiormente fixadas para a prossecução e implementação das políticas desenvolvidas pelo Ministério da Saúde".

2007/06/20

Manuel Alegre em Coimbra

Manuel Alegre, em Coimbra, esta noite, durante a apresentação do livro Conseguir o Impossível, sobre a campanha presidencial de 2006 (Fotografia: http://ailhadodiaantes.blogspot.com/).

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2007/06/15

Apresentação pública, em Coimbra, do livro " CONSEGUIR O IMPOSSÌVEL"

4.ª feira, dia 20 de Junho, pelas 21h15m, na FNAC, em Coimbra, no Centro Comercial FORUM, vai ser apresentado o livro

"CONSEGUIR O IMPOSSÍVEL"

com coordenação de

Helena Roseta, Manuela Júdice
e Nuno David.


" A campanha presidencial de Manuel Alegre contada por quem a viveu"

Com a presença de Manuel Alegre

a apresentação do livro estará a cargo do

Sr. Prof. Dr. Faria e Costa

2007/06/10

Nem todos podem dizer o mesmo ...

Grande banca lucra 8,7 milhões por dia


PAULA CORDEIRO ( DN de 10/06/07 )


A margem financeira cresceu 35,8%

Os grandes bancos nacionais ganharam 8,7 milhões de euros por dia, no primeiro trimestre deste ano, mais 21% que em cada dia do mesmo trimestre de 2006, quando os ganhos diários foram de 7,1 milhões de euros. De acordo com cálculos feitos pelo DN, as cinco grandes instituições de crédito portuguesas viram os seus resultados aumentar quase tanto como os dos 13 maiores bancos europeus, cujos lucros cresceram 29,9% até Março. Os valores absolutos é que são bem diferentes.

O aumento dos lucros da banca ocorreu num quadro de subida de taxas de juro, com os bancos a registarem subidas significativas nas suas margens financeiras. Com efeito, os cinco grandes bancos portugueses - Caixa Geral de Depósitos, Millennium bcp, Banco Espírito Santo, Banco Santander Totta e Banco BPI - obtiveram, por dia, 17,8 milhões de euros de margem financeira, contra 13,1 milhões cobrados no ano passado. Ou seja, este foi o montante arrecadado diariamente pelos grandes bancos, resultante da diferença entre os juros cobrados sobre os empréstimos e as mesmas taxas pagas sobre as aplicações financeiras. Nos primeiros três meses, a margem financeira dos cinco grandes aumentou 35,8%, face ao ano anterior. ( ... )

2007/06/05

Independentes podem baralhar jogo eleitoral



(PAULA SÁ E PEDRO CORREIA, no DN de 5/6/07)

Negrão "vai levar banhada", vaticina Villaverde Cabral

Os candidatos independentes podem baralhar as contas dos grandes partidos no escrutínio de Lisboa. É essa, pelo menos, a convicção do sociólogo Manuel Villaverde Cabral. Observador atento da vida política, este professor universitário não tem dúvidas: "Os independentes são vistos com bons olhos pelos eleitores." Um fenómeno que deve ser devidamente ponderado pelos altos comandos do PS e do PSD, que enfrentam na eleição autárquica em Lisboa a concorrência de dois independentes: Carmona Rodrigues e Helena Roseta.

Carmona entregou ontem - último dia previsto para o efeito - no Palácio da Justiça a lista de sete mil cidadãos que o apoiam. Mais três mil do que o exigido na lei. Roseta, segundo apurou o DN, incluirá na sua Comissão de Honra diversos nomes do espectáculo e da cultura (ver caixa).

"Atrevo-me a vaticinar que, perante a candidatura de Carmona, o PSD vai apanhar uma grande banhada. E, perante a candidatura de Helena Roseta, também não é líquido que o candidato do PS consiga ganhar a Câmara", diz Villaverde Cabral ao DN.

Outro politólogo, José Adelino Maltez, diz ao DN: "Existe alguma revolta contra a partidocracia que coloniza de forma grave a capital e trata Lisboa como um objecto laboratorial". Na sua opinião, em Lisboa "os cidadãos são meros instrumentos laboratoriais para campanhas mais genéricas".

Villaverde Cabral faz igualmente um diagnóstico muito crítico: "O desempenho na câmara tem sido em geral muito mau. Mas PS e PSD têm mais responsabilidades do que os outros na situação a que se chegou." Perante esta crise, "os candidatos independentes aproveitam para intervir no espaço deixado vazio pelos partidos". E até estes se adaptam aos novos tempos. "Na lista do PS metade são independentes e não há nenhum vereador do anterior mandato."

O professor universitário Paulo Gorjão aponta no entanto alguns factores que poderão esvaziar o peso dos independentes na corrida a Lisboa. "A falta de meios e a falta de máquina dos independentes vão tornar-se evidentes à medida que a campanha for acelerando", diz ao DN este analista, autor do blogue Bloguítica.

Gorjão admite que existe "uma corrente de simpatia", mais evidente no caso de Roseta do que de Carmona, que em 2005 se candidatou à frente da lista do PSD e agora concorre como independente. Mas adverte: "Não deve olhar-se para esta eleição autárquica com as lentes de análise da eleição presidencial." Manuel Alegre deu o primeiro sinal evidente de que os independentes podem sobrepor-se aos partidos, suplantando na corrida a Belém a candidatura de Mário Soares, que contava com o apoio oficial do PS.

"Manuel Alegre beneficiou dos erros de Mário Soares. Nem Fernando Negrão nem António Costa cometerão os erros de Soares na campanha lisboeta", sublinha.

Villaverde Cabral admite que a grande fragmentação de candidaturas na capital, com 12 candidaturas, "não será má para se discutirem a sério os problemas da cidade e elaborar-se um plano que a salve da decadência em que se encontra".