M!CporCoimbra

2006/05/31

M!C: Petição Colectiva pelo Alargamento do Período de Licença por Paternidade

Apela-se à divulgação e recolha de assinaturas. O pedido do documento pode ser feito a micporcoimbra@sapo.pt (pdf, 284 k)

2006/05/30

Artigo de hoje no Campeão das Províncias On-line

Ver http://www.campeaoprovincias.com/noticias.asp?id=4378

Medos urbanos, protecções precárias (LMR)

[Spraycan on canvas, Simone, 2004. In Sandrine Pereira, Graffiti, Fitway, p.113]

Incertezas e caminhos diferentes, uma marca da vida (LMR)

[In Louis Bou, Street Art, p.136]

Outro artigo de imprensa sobre a constituição do MIC - Público, 27/05/06

Será que o Público não aprende ou é mesmo má fé? Muito embora a discussão tenha sido viva, houve uma profunda unidade nos objectivos. O Público lança-nos um repto: demonstrar claramente que está errado!
(LMR)

2006/05/29

Artigo da Pro Urbe no Diário de Coimbra - publicado hoje!

Ver p.9. É um artigo demolidor, dirigido aos autocratas locais. Leia-se e divulgue-se! Do meu ponto de vista, algo semelhante poderia ser subscrito pelo MIC local... Temos rapidamente que avançar com acções concretas. O MIC só tem sentido se for orientado para a acção.
(LMR)

Artigo a sair em breve no Diário de Coimbra - a não perder! (LMR)

Eleições, Instalações e Outras Questões: as Confusões de um Presidente

O senhor Presidente da Câmara Municipal de Coimbra anda nervoso e precipita-se nas palavras. Instado por um periódico a pronunciar-se sobre uma eventual candidatura independente a eleições autárquicas, avançada a título pessoal por José Dias (ex-assessor político do Presidente Jorge Sampaio, membro dos Corpos Gerentes da Pro Urbe e seu representante no Conselho da Cidade), na sessão de encerramento do II Congresso pela Cidade de Coimbra, realizado no passado fim-de-semana, o Presidente da CMC opina que “os partidos não devem estar misturados nas associações cívicas” e que não vê “como é que [estas] se podem autodenominar de independentes”. Estranhas palavras e confusões! Até há bem pouco tempo o Conselho da Cidade, responsável pela organização do Congresso, era bem-amado e solicitado para apoiar iniciativas diversas da CMC. Agora que um cidadão, na plena posse das suas prerrogativas cívicas e políticas, ousa imaginar um futuro (ainda) distante em que a cidadania se atreve a beliscar atrevidamente a plutocracia vigente utilizando instrumentos constitucionais, eis que o senhor Presidente decide esconjurar partidos imaginários pela “instrumentalização das associações” (sic)! Houve cuidado em confirmar o carácter oficial da proposta e conhecer o conteúdo total dos considerandos que a suporta? Não. Respondendo impensadamente e a quente, o senhor Presidente pôs a nu o seu nervosismo, próprio da situação calamitosa que a Cidade vive, das mudanças estivais e de outras que não são chamadas para aqui.

O senhor Presidente incorreu num equívoco profundo. O Conselho da Cidade, a Associação Cívica Pró Urbe e a esmagadora maioria das associações não estão infiltradas pelos partidos. Pelo contrário, convidam os cidadãos de todas as cores políticas e sensibilidades a reforçar o movimento da democracia participativa, instando-os a participar activamente nas diversas iniciativas que promovem, a bem da Cidade. Não há praticamente um único evento que organizem para a qual a CMC não seja convidada. O contrário, infelizmente, não é verdade. Quando há um mínimo de decoro, as associações são instadas a “participar” para assegurar a policromia decorativa da (dis)função camarária. Mas a Câmara é opaca e a informação não circula. Ou, quando circula, fá-lo mal e a desoras.

Mais: os “planos” e “estratégias”, submetidos a uma “discussão pública” minimalista, são suportados por documentação escassa, tortuosa e de difícil acesso (vide Plano Estratégico e Plano de Urbanização de Coimbra). Não raras vezes, os “planos” são previamente (propositadamente?) inviabilizados pela implementação no terreno de “soluções” que a inteligência não alcança (vide a desconstrução de Celas, a desfiguração do declive de Santa Clara, o afogamento da Solum e a morte anunciada do magnífico espaço da Penitenciária). Os ataques vêm de todos os lados e parece não haver vozes que valham. A gula das construtoras não tem limites e a sua satisfação é zelosamente providenciada por uma rede anónima de comensais, travestidos de técnicos e servidores públicos (vide a destruição da Praça Heróis do Ultramar, a intumescência obscena do Estádio Cidade de Coimbra e o assalto urbanístico às bermas do Parque Verde). Os pseudo-projectos e a má gestão sucedem-se (vide a usurpação financeira da Metro-Mondego, a agenda escondida do Bota-Abaixo, a irracionalidade do tratamento actual da zona da Guarda Inglesa e o arrastamento hipócrita do Metro Ligeiro, que agora pelos vistos passa a Pesado - se passar!). Os equipamentos e criadores culturais são vilipendiados (vide a asfixia mesquinha dos grupos de teatro e outros agentes culturais da Cidade, com destaque para a Escola da Noite, o adiamento do Teatro da Cerca de São Bernardo, o alheamento do TAGV e o aviltamento permanentemente expectante do Convento de São Francisco). O mau gosto impera (aí está o abastardamento campista da Praça da República e a anunciada cobertura da Baixa por um chapéu de cangalheiro). Todos estes pontos (e muitos outros) foram implacavelmente abordados por José António Bandeirinha (professor de Arquitectura, ex-Presidente da Pro Urbe e actual Presidente da sua Assembleia Geral) na intervenção que fez no Congresso. O nervosismo parece justificar-se, gerado pela partidocracia vigente no poder local e pelo seu desprezo quase genético pelos cidadãos.

Sim, senhor Presidente, temos razões acrescidas para estarmos vigilantes e para imaginarmos a possibilidade de recorrermos a instrumentos formais de cidadania, impensáveis há alguns anos mas previstos constitucionalmente. Como escreveu há uns dias num jornal local Elísio Estanque (professor de Economia e membro dos Corpos Gerentes da Pro Urbe), por sua livre e exclusiva iniciativa, os partidos dominantes tendem a encarar com desconfiança os cidadãos, fechando-se num círculo restrito e autista. Em vez de acarinhar os movimentos cívicos, os partidos dominantes e os respectivos chapéus institucionais tudo fazem para os ridicularizar e limitar operacionalmente. Pelo menos aqui, na Coimbra provinciana e teimosamente encerrada em si mesma por obra e graça dos mandantes locais. Mas não noutras paragens, felizmente. Como evidenciou o Congresso pela Cidade, há latitudes onde o poder local convive bem com os cidadãos – conhece o desenvolvimento / concretização da Agenda 21 de Santo Tirso (maioria PS) / São João da Madeira (maioria PSD), processo induzido por professores da Universidade Católica, bem como o Orçamento Participativo de Palmela (maioria CDU)? Recomendamos que o faça, em vez de dar cobertura tácita aos lamentáveis incidentes numa Assembleia Municipal recente, em que cidadãos de partidos minoritários foram vilipendiados pela maioria até à abjecção por ousarem… defender o Orçamento Participativo para Coimbra! Importa ainda salientar o facto de as grandes instituições financeiras mundiais promoverem hoje activamente a investigação sobre os movimentos cívicos, cientes de que a acção destes é essencial para a transparência da gestão pública e para o combate ao pesado fardo financeiro que constitui a corrupção.

A coroar o bolo com a cereja, aparecem as suas pérolas sobre as instalações do Conselho da Cidade. Transcrevendo um jornal local, o senhor terá afirmado, na reunião de 22 de Maio do executivo municipal, que “a autarquia não deve ceder instalações ao Conselho da Cidade, sob pena de este poder vir a perder a independência face ao executivo municipal”. Afinal onde ficamos, senhor Presidente? Aquela independência existe mesmo e tem valor para si ou não existe de todo em todo, como se depreende das suas palavras anteriores? O Conselho da Cidade necessita de instalações mínimas e minimamente condignas, de forma a poder prestar um serviço acrescido à Cidade. Agradecíamos que esclarecesse esta contradição, a fim de o pouparmos à penosa confusão… das eleições!

Uma nota final. Esta interpelação é também dirigida aos partidos que cobrem, por acção ou omissão, a penosa situação que a Cidade vive. Não somos obviamente contra os partidos. Consideramo-los elementos centrais da democracia. Queremos colaborar com
eles, sem distinção. Mas temos o direito de exigir que se abram à cidadania plena, deixando de considerar os cidadãos não alinhados como alienígenas.


Coimbra, 25 de Maio de 2006
A Direcção da Pro Urbe, Associação Cívica de Coimbra

2006/05/28

Esboço de uma possível imagem identificativa do Núcleo de Coimbra do MIC

[Autor: Alex R., estudante da Fac. de Belas Artes da UP]

Aceitam-se sugestões, comentários!!
(LMR)

Artigo de imprensa sobre a constituição do MIC - DN, 28/05/2006


Eis um dos artigos que foram publicados hoje. Poderiam adicionar mais?
(LMR)

Projecto de Estatutos do MIC - Propostas de alteração na especialidade

Na Assembleia Geral Constituinte do MIC foi aprovada a proposta de Estatutos na generalidade, tendo sido eleita uma Comissão de Redacção para preparar o documento final. Eis algumas propostas de alteração, avançadas por Coimbra
(LMR)

Propostas de alteração na especialidade

Art 4

Aditar:

i) Promover acções que contribuam para a inclusão, na sociedade portuguesa, de grupos sociais minoritários e imigrantes
j) Promover a colaboração de cidadãos residentes com os países africanos de língua oficial portuguesa e com as comunidades de emigrantes portugueses

Art 6, n° 6

No texto actual

6. São membros cooperantes as associações congéneres, nacionais ou estrangeiras, que permutem a qualidade de membro com o MIC, ficando, por esse facto, isentos do pagamento de jóia de inscrição e de quotas.

Aditar:

6. São membros cooperantes as associações congéneres, nacionais ou estrangeiras, que desenvolvam acções compatíveis com os objectivos do MIC e/ou permutem a qualidade de membro com o MIC, ficando, por esse facto, isentos do pagamento de jóia de inscrição e de quotas.

Ass . Luís Martinho do Rosário

Carta de Intenções do MIC


M!C

Movimento de Intervenção e Cidadania
Carta de Intenções

1. O Movimento Intervenção e Cidadania (MIC) é um movimento cívico que tem a sua génese na candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República, mas não se reclama dos votos por ele obtidos. Constitui-se para continuar a defender o conjunto de causas e valores propostos no seu Contrato Presidencial e outros que possam vir a emergir.

2. O MIC tem como objectivos contribuir, através da intervenção cívica, para o aprofundamento da democracia participativa inscrita no artigo 2° da Constituição da República, para a renovação geral da nossa vida democrática e para o cumprimento das metas morais e sociais da Constituição.

3. O MIC é um movimento independente, transversal e aberto a filiados ou não filiados em qualquer partido político.

4. O MIC não tem intuito de se constituir em partido político. É um espaço de cidadania do qual poderão beneficiar as instituições democráticas e os próprios partidos políticos.

5. O MIC promoverá debates sobre temas relevantes tanto de âmbito local como geral e dinamizará a realização de petições, acções populares e iniciativas legislativas de cidadãos, com vista à concretização dos seus objectivos.

6. O MIC propõe-se projectar as suas actividades e iniciativas no espaço público da cidadania, incluindo os meios de comunicação social e as novas tecnologias de informação.

7. O MIC aceita a adesão individual e voluntária de cidadãos e cidadãs que concordem com estes objectivos e valores, através da inclusão em lista nacional de participantes publicamente disponibilizada e regularmente actualizada.

8. As pessoas que participam no MIC não estão sujeitas a qualquer disciplina de grupo.

9. O MIC organiza-se em rede, de forma não hierárquica, através de núcleos de cidadãos e cidadãs que voluntariamente se queiram constituir como tal para participar e promover iniciativas que se enquadrem nos objectivos do MIC.

10. As actividades de coordenação do MIC são desenvolvidas por uma Comissão Coordenadora Provisória.

Aprovado em Coimbra em 18.02.06

Uma Cidade Possível - Está ao Nosso Alcance...

[Por Volódia Rodrigues, jovem artista plástico da Marinha Grande]

Eis o que queremos: Uma Cidade onde todos possamos viver, com respeito pelas diferenças e idiossincrasias. Uma Cidade policromática e inclusiva, para portugueses de dentro e de fora. Onde comuniquemos em rede, dando as mãos e ajudando-nos mutuamente. Uma Cidade livre e não tutelada. Uma Cidade participada, onde os assuntos que foram apoderados por outrem, recorrendo aos mecanismos formais da democracia, sejam discutidos e assumidos pelos cidadãos. Uma Cidade JUSTA, enfim!

Citando Sylvia Plath em nota de roda-pé, o jovem artista murmurava: "This is the light of the mind, cold and planetary. The trees of the mind are black. The light is blue (...)". Podia ser o epitáfio da Cidade que temos (LMR)

O MIC foi formalmente constituído - VIVA!

Ontem teve lugar a Assembleia Geral Constituinte do MIC, onde este foi criado por unanimidade e aclamação! Todos esperamos ardentemente que o M!C funcione activamente, baseando-se na acção norteada pelos princípios da sua Carta de Intenções, previamente aprovada em Coimbra. Viva o novo MIC!
(LMR)