M!CporCoimbra

2008/01/31

Manuel Alegre no Clube dos Pensadores em Gaia


“Começa a haver bloqueios na própria democracia”

“Há tempos disse que havia um buraco negro na esquerda. Creio que começa a haver bloqueios na própria democracia”, afirmou Manuel Alegre ontem em Gaia, perante uma sala cheia para ouvir a sua intervenção sobre o tema “Sistema político: alternância e alternativas”. Alegre terminou a sua reflexão afirmando que “é preciso mais esquerda na esquerda, é preciso mais socialismo no partido que dele se reclama, é preciso mais democracia na democracia.”

O debate realizou-se a convite do Clube dos Pensadores, dinamizado por Joaquim Jorge. Na sua exposição, Manuel Alegre enquadrou a crise do sistema político nas transformações mundiais ocorridas desde a queda do muro de Berlim, que não conduziram ao socialismo democrático mas sim à globalização e ao pensamento único. Alegre historiou também as mudanças históricas em Portugal nos últimos trinta anos e fez um balanço da acção do actual governo, tendo questionado sobretudo as políticas na área da saúde.
O ex-candidato sublinhou que “defender o Estado social não é enfraquecer os serviços públicos nem fazer com que as reformas os tornem mais caros para quem tem menos.” Sobre a escola pública, criticou a possibilidade de admitir que possam concorrer ao cargo de director professores do ensino privado, que considerou “um primeiro e grave sinal, na educação, de promiscuidade entre o público e o privado”.
Alegre defendeu que “há sempre alternativas”, insistindo em que “o papel dos socialistas, desde o princípio, em todas as circunstâncias históricas, foi sempre o de criar e inventar alternativas”. “O dever dos socialistas, disse, “é o de continuar a perguntar e a procurar novas respostas”.

Ver transcrição da intervençãode Manul Alegre em www.micportugal.org

2008/01/26

Prémio D.Dinis 2008 atribuído a Manuel Alegre

Pelo livro "Doze Naus"

[com Lusa, 26.01.2008]

O Prémio D.Dinis 2008, um dos mais prestigiados galardões literários portugueses, foi hoje atribuído ao poeta Manuel Alegre pelo livro "Doze Naus". Desde a sua criação, em 1980, o Prémio D. Dinis foi já atribuído, entre outros, a Agustina Bessa Luís, Sophia de Mello Breyner Andresen, Eugénio de Andrade, José Cardoso Pires, António Franco Alexandre, José Saramago e António Lobo Antunes.

O júri foi constituído pelos poetas Vasco Graça Moura, Nuno Júdice e Fernando Pinto do Amaral.

O livro premiado, "Doze Naus", foi lançado em 2007 pelas Publicações Dom Quixote.

Instituído em 1980, pela Fundação Casa de Mateus, o prémio D. Dinis é atribuído anualmente a uma obra de Literatura Ibérica (poesia, ensaio ou ficção), publicada no ano anterior ao da atribuição do Prémio.

EVOCAÇÃO DO MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO

Na passagem do 1 º centenário do movimento revolucionário de 28 de Janeiro de 1908, a Associação 25 de Abril evoca aquela que foi a segunda e última tentativa para implantar a República, antes do 5 de Outubro de 1910.

Na sua preparação e execução tomaram parte muitos dos homens – civis e militares - que, dois anos depois, poriam termo à Monarquia – Cândido dos Reis, António José de Almeida, João Chagas, Afonso Costa, França Borges, Correia Barreto, Machado Santos, Luz Almeida, Ribeira Brava, entre os mais destacados. Apesar do malogro do movimento, as suas consequências seriam fatais para a monarquia, conduzindo ao trágico desfecho do regicídio, quatro dias depois. Visando antecipar a proclamação da República, o movimento acabaria provavelmente por a atrasar.

A evocação terá lugar na Casa Municipal de Cultura (salão de conferências), no próximo dia 28 de Janeiro, pelas 18H00.

Além de outras intervenções, será apresentada uma comunicação específica sobre o movimento revolucionário de 1908 pela Dr. ª Noémia Malva Novais, historiadora, jornalista, escritora e investigadora.
A Delegação do Centro da Associação 25 de Abril convida-o a participar na sessão, honrando-a com a sua presença.

Associação 25 de Abril

Delegação do Centro

Coimbra



2008/01/23

Manuel Alegre alerta para "erro colossal" da política de Saúde do Governo

Em entrevista à Antena 1 -19/01/08


"As pessoas vão passar a nascer em casa ou a morrer em casa, para além daqueles que já andam a nascer pelo caminho", ironizou, ao abordar numa entrevista à jornalista Flor Pedroso, da Antena 1 - a desertificação dos serviços públicos no interior.

Manuel Alegre confirmou que vai assinar uma petição em defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS), liderada pelo histórico do PS, António Arnaut, e que junta, entre outros, elementos do Bloco de Esquerda e do PCP. "A esquerda moderna deve reforçar o Estado social e não desmantelar o Estado social", declarou, sublinhando que, no poder, esta deveria garantir o reforço e viabilidade do SNS. "Estaria a mentir se dissesse que me reconheço (no actual Governo). Não, não me reconheço", afirmou.

"Parece que é isto que se está a fazer (desmantelar)", disse, acrescentando "não compreender esta política, não só das taxas moderadoras para tratamentos e cirurgias (uma dupla tributação), como a extinção de urgências e de Serviços de Atendimento Permanente e o encerramento de maternidades em zonas do interior, seja qual for a fundamentação técnica". "Isso é um erro colossal, porque as pessoas se sentem desprotegidas e abandonadas pelo Estado, sobretudo em regiões do país onde não há mais nada", declarou.

"Se tiram os serviços públicos do interior, as pessoas sentem-se abandonadas e desprotegidas, não foram criadas alternativas, as coisas não foram explicadas e é tudo feito por atacado", afirmou.

Alegre defendeu que estas medidas estão a "criar uma revolta muito grande" na população, porque os portugueses precisam de um "bom Serviço nacional de Saúde". "Eu já avisei que isto é perigoso", salientou, lembrando que até Jerónimo de Sousa foi "levado em ombros" na Anadia. "Se aparece uma Maria da Fonte, de saias ou de calças, arranja uma fronda popular, e isso pode pôr em causa um certo consenso nacional sobre a própria democracia", sublinhou.

Política de saúde "estapafúrdia"

"As condições de vida das pessoas não melhoraram" no interior e de repente tiram-lhes os serviços de saúde. As pessoas ficam aflitas", disse, sublinhando que isso "desgraça" a base social do PS e a confiança na democracia. Apesar do ministro da Saúde, Correia de Campos, ter sido seu colega em Coimbra e ser seu amigo, Alegre considerou que a sua política é "estapafúrdia".

Alegre reconheceu que o "Governo tem legitimidade democrática, porque ganhou com maioria absoluta", mas considerou que "os portugueses não se dão bem com as maiorias absolutas, sobretudo aqueles que governam e perdem um bocado a cabeça com as maiorias absolutas", sublinhou.

Inquirido sobre se se revia na prática do PS, afirmou que este partido "não o representa totalmente".

Alegre assume-se como uma das "referências" do seu partido, porque teve com ele socialistas de todo o lado na eleição presidencial e diz que "fracturou e muito" o eleitorado do Partido Socialista nessa contenda eleitoral.

Questionado novamente sobre se se revia na prática governativa do PS, respondeu: "Acho que não. Representa numas coisas e noutras não representa", esclareceu, destacando pela negativa "a destruição do Serviço nacional de Saúde", área onde diz que o Governo "não o representa com certeza".

"Mas houve coisas boas e que ficam", afirmou, destacando a interrupção voluntária da gravidez (IVG), a Lei da Paridade, e a Procriação Médica Assistida.

Alegre destacou também a forma como foi exercida a presidência portuguesa da União europeia, nomeadamente a realização das cimeiras da UE com o Brasil e com África, e a assinatura do Tratado de Lisboa, apesar de ter herdado o trabalho da Alemanha, o que conferiu a Portugal um desempenho global mesmo sendo um país pequeno.

O deputado socialista, que esteve ausente esta semana do Parlamento por razões de saúde, disse na longa entrevista à Antena 1 que teria "votado contra" a moção de censura ao Governo.

Alegre disse ser favorável ao referendo ao Tratado de Lisboa, mas reconheceu que essa forma de ratificação seria provavelmente "muito difícil".

O deputado socialista realçou a questão do "respeito pela palavra dada" e disse que se houvesse referendo isso teria sido "uma lição para os dirigentes europeus que tem medo de consultar os seus povos". "Há uma crise profunda", reconheceu, referindo-se ao socialismo na Europa.

"Sócrates fez coisas que outros socialistas não foram capazes de fazer", disse referindo-se aos aspectos positivos da acção do governo que mostram "independência" em relação ao conservadorismo da sociedade portuguesa e a uma abertura sobre certos valores da esquerda, só que para Alegre, "a esquerda não acaba aí".

2008/01/16

Alegre convoca apoiantes para discutir estratégias


[Ana Sá Lopes, DN, 15-01-2008]
Os apoiantes da candidatura de Manuel Alegre vão reunir-se em Fevereiro, em Lisboa, para comemorar o segundo aniversário das eleições presidenciais em que o poeta da Praça da Canção obteve 20, 74%, contra 14,3% do candidato oficial do PS, Mário Soares.

O encontro reunirá socialistas de norte a sul do País que estiveram nas eleições presidenciais ao lado de Manuel Alegre, afrontando a direcção do partido. E vai servir para reflectir sobre as estratégias de futuro deste grupo que, em Janeiro de 2005, valeu um milhão de votos, em confronto com a máquina do PS.

O "toque a reunir" dos alegristas acontece numa altura em que é aberta a oposição de Manuel Alegre face à política do Governo liderado por José Sócrates.

Manuel Alegre defende que a esquerda deve procurar "alternativas" à situação presente e, recentemente, lembrou que - ao contrário do que ele próprio defende - o ex-secretário-geral Ferro Rodrigues, na entrevista à revista Visão, não pôs em causa o modelo de políticas seguido pelo Governo. "Em relação ao conteúdo das políticas, ele [Ferro Rodrigues] está de acordo. A minha convicção é que eu penso que há alternativa", disse Manuel Alegre

"Por muito estreita que seja a porta, os socialistas devem sempre procurar alternativas", afirmou, no dia 5 de Janeiro, em declarações à Lusa. "O papel da esquerda e do socialista é inventar soluções. É claro que existem alternativas", acrescentou.

Para Manuel Alegre, "há um buraco negro na esquerda". É esta a frase que qualquer cidadão que abra a página da Internet do ex-candidato presidencial, manuelalegre.com pode ler, logo a abrir.

Na declaração de voto sobre o Orçamento do Estado para 2008, Manuel Alegre alertou "para o défice social e défice de esperança" que existem em Portugal para além do défice orçamental. Alegre votou a favor do Orçamento por ser esse o seu "entendimento quanto às obrigações do deputado em matéria de Orçamento", mas demarcou-se com violência.

Mas a mensagem de Ano Novo do ex-candidato presidencial, inscrita na sua página da Internet, é particularmente elucidativa: "Temos de fazer renascer a esperança e de voltar a dar sentido à palavra Democracia, à palavra Igualdade e à palavra Justiça."

A partir de Fevereiro, Manuel Alegre começará a trabalhar para preencher o "buraco negro" que vê na esquerda.

2008/01/15

Excertos do diário íntimo de Correia de Campos

Há pessoas muito estúpidas. Há pessoas tão estúpidas que nem percebem que, quando se fecha o serviço de urgências do hospital da sua terra, isso é para o seu bem. Há pessoas tão estúpidas que nem sequer percebem que muitos dos serviços de urgências que se fecham nem sequer são verdadeiros serviços de urgência e que o facto de estar lá um médico que os ouve, os examina, os atende e os trata é secundário quando se compara isso com a racionalidade da rede de urgência nacional e pode até ser mais prejudicial que benéfico. Mais: há pessoas tão estúpidas que são capazes de confundir “ emergência médica“ com “urgência médica“ ou mesmo com um simples caso agudo. Apesar de isto já ter sido explicado na televisão!

Mas não é tudo: há pessoas que são tão, tão estúpidas que levam a sua estupidez ao ponto de levar uma criança a uma urgência hospitalar durante a noite e lá passar cinco horas com a criança embrulhada numa manta nos joelhos só porque têm medo de que se trate de uma coisa grave que exija uma rápida intervenção médica, quando qualquer médico percebe que não é nada grave e que tudo o que é necessário é baixar a febre e fazer inalações de vapor. É gentalha como esta que entope o sistema.

E há mais: há pessoas tão supinamente estúpidas que nem percebem a diferença entre Serviços de Urgência Básica, Serviços de Urgência Polivalente e Serviços de Urgência Médico-Cirúrgica (como se eu já não tivesse explicado o que significam estes conceitos) e que dizem que tudo o que querem é poder ter acesso rápido a cuidados médicos em caso de necessidade. Uma tristeza.

Há pessoas tão estúpidas que acham quando lhes dizemos que a intervenção precoce é fundamental em casos de AVC ou ataque cardíaco ou coisa semelhante acham que isso quer dizer que devem ter acesso a cuidados médicos ali ao pé de casa e não percebem que uma hora ou duas a mais ou menos (ou três ou quatro) no fundo não tem importância nenhuma. Há pessoas tão estúpidas (e tão egoístas) que não percebem que na política de saúde se trata antes de mais de estatísticas e que a importância do seu caso pessoal empalidece ao pé de mil outros.

Mas isto ainda não é tudo: há pessoas que são tão estúpidas que não percebem que não tem a mínima importância terem de se deslocar umas dezenas de quilómetros até ao SUB ou SUP ou SUMC, conforme o caso, porque podem apanhar um táxi ou uma ambulância ou mesmo um helicópetro. Algumas destas pessoas são tão indiferentes às prioridades da organização da rede de urgência que levam o seu egoísmo ao ponto de se queixarem da despesa e do incómodo que essas deslocações lhes causam. O que são 200 ou 300 euros quando é a saúde que está em causa?

Outras pessoas levam a estupidez ao ponto de se queixarem de passar horas à espera nas urgências, sem perceber que isso significa que devem estar num hospital central com todas as valências, o que só por si lhes devia agradar.

Outras pessoas são tão estúpidas que se queixam que houve serviços que foram fechados antes de terem sido abertos os serviços alternativos. Há até quem se queixe por haver 650.000 pessoas sem médico de família. E até há pessoas tão estúpidas (algumas delas altamente colocadas) que acham que os portugueses têm razões para se perguntarem para onde vai o país em matéria de cuidados de saúde e que consideram que a reforma não foi suficientemente explicada. Há outras pessoas que são tão estúpidas (incluindo pessoas que fazem parte de comissões técnicas que até deviam perceber destas coisas) que acham que as intervenções na rede de urgências começaram a ser feitas antes de se ter pensado no quadro global e que se está a pôr o carro à frente dos bois e a tomar decisões avulsas conforme as pressões locais.

Há tantas pessoas tão estúpidas que acho que a única solução é mesmo dissolver o povo. Ia reduzir o acesso às urgências. ( José Vitor Malheiros, Jornalista, no Público de hoje )


António Arnaut e Manuel Alegre subscrevem petição em defesa do SNS


[13-01-2008]- Pag. do MIC NACIONAL
O fundador do Serviço Nacional de Saúde (SNS) é o primeiro subscritor da petição em defesa do SNS "geral, universal e gratuito" que será lançada publicamente no dia 20 e tem como objectivo reunir 100 mil assinaturas para contrariar o rumo das políticas de Sócrates e Correia de Campos. Além de Arnaut, são já conhecidos outros dois signatários duma petição: o bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, e o deputado socialista e ex-candidato presidencial Manuel Alegre.

António Arnaut não poupa críticas à política do ministro da Saúde, que classifica de "ultraliberal". 30 anos depois de ter feito a lei que instituiu o SNS, Arnaut olha para o rumo actual da política de saúde com grande insatisfação, e vê nela uma "política de terra queimada: estamos perante um ultraliberalismo sem regras e à solta", declarou ao semanário Expresso.

"Não podemos consentir que se retirem os cuidados de saúde a uma população já sacrificada pelo desemprego, disse o "pai" do SNS, que quer ver a petição discutida na Assembleia da República. E já antevê a reacção dos deputados socialistas, que serão obrigados "a pôr as cartas na mesa. Se não quer mudar de nome, [o PS] tem de defender certos valores que fazem parte da sua matriz", diz António Arnaut, que também lamenta que "poucas vozes se levantem em defesa da maior conquista social do século XX português".

Manuel Alegre é outro dos primeiros signatários da petição, tal como o bastonário dos Médicos Pedro Nunes (que auto-suspendeu o mandato para se recandidatar às eleições na Ordem, cuja segunda volta se disputa no dia 16 de Janeiro).

A petição começa a recolher assinaturas ainda este mês e surge de uma iniciativa do Bloco de Esquerda, que quer pôr a defesa do SNS no topo da agenda política nacional no primeiro semestre do ano. Numa recente reunião da Mesa Nacional, os dirigentes bloquistas aprovaram uma resolução que previa estabelecer contactos para a constituição de "um movimento social e político em defesa do SNS que ultrapasse os limites das lutas locais e profissionais e que vá para além das fronteiras do parlamento e do Bloco". Para os bloquistas, este movimento teria de ser "independente, plural, representativo e dinâmico". A recolha de assinaturas em defesa do SNS e pelo recuo das políticas do governo será feita nas ruas por todo o país - a começar dia 20 com uma banca à porta do hospital Amadora-Sintra - e também numa página dedicada na internet.

2008/01/07

Bento XVI afirma que a globalização não é sinónimo de uma ordem mundial

No Jornal Público de hoje

O Papa criticou ontem a globalização, considerando-a, citando uma frase do profeta Isaías, como "uma névoa que cega as nações", comparável à Torre de Babel.
"Não se pode dizer que a globalização seja sinónimo de uma ordem mundial, bem pelo contrário", disse Bento XVI falando perante a Cúria e o corpo diplomático representado no Vaticano, durante a homília da missa do Dia de Reis.
Foi um discurso em que o Papa contestou o consenso a favor dos efeitos positivos da liberalização económica à escala mundial, associando o mundo globalizado ao caos da Torre de Babel, que comparou à expulsão do Paraíso, e considerando--o incapaz de conduzir a uma maior justiça social.
"Os conflitos pela supremacia económica e pelo controlo dos recursos energéticos, hídricos e das matérias-primas tornam mais difícil o trabalho de quantos, a todos os níveis, esforçam-se por construir um mundo justo e solidário", afirmou o Papa, citado pelo diário italiano La Stampa.
A visão do Vaticano, expressa pelo Papa, insiste na importância de "um estilo de vida sóbrio", contra a busca do supérfluo e do excessivo: "Se falta a verdadeira esperança, [o Homem] procura a felicidade na embriaguez, no supérfluo e no excesso, arruinando-se a si mesmo e ao mundo", refere o mesmo diário. Mas esta crítica do supérfluo, habitual no discurso da Igreja, assumiu um tom diferente, no contexto da globalização: "A moderação não é apenas uma regra ascética, mas uma via para a salvação da humanidade".
Bento XVI insistiu na importância de uma divisão justa da riqueza: "É agora evidente que apenas adoptando um estilo de vida sóbrio, acompanhado por um sério empenho na distribuição equitativa das riquezas será possível instaurar uma ordem de desenvolvimento justo e sustentável", prosseguiu.
Para o diário La Reppublica, trata-se da defesa de uma mudança radical da ordem económica, que permitiria, segundo afirmou o Papa na homilia de ontem, "preferir o bem comum de todos ao luxo de poucos e à miséria de muitos".
Papa considerou a distribuição equitativa das riquezas fundamental para um desenvolvimento
sustentável

2008/01/05



A IMPOSSIBILIDADE SÓ EXISTE NA NOSSA CABEÇA ...

2008/01/02

Mensagem de Ano Novo


[31-12-2007]

Temos de fazer
renascer a esperança
e de voltar a dar sentido
à palavra Democracia,
à palavra Igualdade
e à palavra Justiça.

Bom Ano e um abraço
para todos

Manuel Alegre