M!CporCoimbra

2006/11/29

Reunião de trabalho no próximo dia 5 de Dezembro

Caros membros e simpatizantes do MIC

Na sequência da tomada de posse dos Órgãos Sociais do MIC, que se realiza amanhã dia 30 em Santarém (e para a qual todos estão convidados - ver aqui), convidamos todos os membros do MIC/Coimbra que têm revelado interesse em ter uma participação activa nas suas actividades para uma reunião de trabalho, com a finalidade de se definirem os objectivos do Núcleo e de se delinearem as próximas iniciativas públicas.

Tratar-se-á de uma reunião fundamental para se consolidar e relançar o Núcleo de Coimbra do MIC.

A reunião realizar-se-á no próximo dia 5 de Dezembro (3ª feira) às 21,30 h . Local: Centro de Estudos Sociais (CES), 1º piso (sala junto ao bar). O CES está situado no Pólo I da UC, junto ao parque de estacionamento contíguo às Escadas Monumentais e mesmo ao lado da CGD.

Esperando poder contar com a vossa presença e participação activa, enviamos a todos saudações fraternas

A Comissão Coordenadora Provisória do Núcleo de Coimbra do MIC
[micporcoimbra@sapo.pt]

2006/11/28

Tomada de posse dos Órgãos Nacionais do MIC e jantar em Santarém

[Transcrição da Newsletter do MIC - Número 4]

Caros amigos e amigas,

Este é um momento importante da vida do MIC, que marca o início de uma etapa no panorama das organizações e movimentos de cidadãos. Após a realização das eleições para os Órgãos Nacionais, e contando já com mais de 850 cidadãos subscritores da newsletter e cerca de 700 membros inscritos no MIC, os Órgãos Nacionais tomarão posse no próximo dia 30 de Novembro, num jantar em Santarém, no restaurante Mina Velha, com a presença de Manuel Alegre. O jantar, aberto a todos, contará ainda com intervenções de José Faria e Costa (Presidente da mesa da Assembleia Geral), João Correia (Presidente da Comissão Coordenadora), José de Melo Torres Campos (Presidente do Conselho Fiscal) e Manuel Alegre (Presidente do Conselho de Fundadores). O jantar tem um número limitado de inscrições, pelo que se agradece a sua inscrição até dia 28 de Novembro para o email: info@mic-santarem.org, ou telefone 963532258 (Luisa Santos). O seu custo é de 17,00€ .

Enviamo-vos as melhores saudações,
a equipa da newsletter

2006/11/27

Conferência de imprensa

Na sequência desta e de outras reuniões, constituíu-se uma plataforma de cidadãos que irá fazer campanha pela despenalização da IVG (interrupção voluntária da gravidez). O movimento tem um carácter nacional, mas a apresentação do núcleo de Coimbra terá lugar amanhã, ás 18h, no Café Santa Cruz. Avisam-se os interessados a comparecer e participar!

2006/11/25

Público, hoje: "O regresso do medo e a supressão do sujeito"

O regresso do medo e a supressão do sujeito

Elísio Estanque
Sociólogo – Centro de Estudos Sociais da FEUC

A Revolução de Abril de 1974 celebrou com cravos a chegada da liberdade. Mas trinta e dois anos depois e vinte após a integração europeia, o nosso país continua a manifestar sinais preocupantes de que existe medo e ressentimento na sociedade. Já não o medo da repressão e do autoritarismo do regime, mas um sentimento difuso, um “medo social”, que neutraliza a afirmação do Sujeito consciente e livre, que o impede de dizer o que pensa e de se assumir como cidadão. Por que será que isto acontece? Porque é que numa sociedade democrática onde os direitos individuais e a liberdade de opinião estão há muito consagrados na lei, continuam a existir tantas situações onde, em vez da opinião aberta e do confronto de ideias, as pessoas se retraem e se escondem? Fala-se muito, mas sob a forma de rumor, de boato do “diz que disse”... Fala-se nos “corredores” por vezes o contrário do que se disse em público, quando em público não nos limitamos a ficar calados e a abanar a cabeça em sinal de acordo.

Esta realidade reflecte uma sociedade ainda amarrada a um conjunto de peias que, a meu ver, nos impede de alcançar padrões de desenvolvimento e formas democráticas de intervenção cívica nos quais há poucos anos atrás muitos de nós acreditámos (e continuamos a acreditar, apesar de tudo). Porque é que proliferam tantas atitudes bajuladoras do “chefe”, do “mentor”, do “patrão”, do “orientador” ou do “padrinho”? Porque na maioria dos contextos organizacionais se isso não acontecer o mais provável é que nos caiam em cima as mais diversas formas de retaliação, das mais perversas e subtis às mais arrogantes. Enquanto a cultura do mérito permanece incipiente, a cultura da mediocridade, do “cala-te e deixa estar”, parece tornar-se cada vez mais forte. Há uma pressão para os “alinhamentos” incondicionais com este ou com aquele, e se as expectativas de quem está na posição de poder não se confirmam é comum que a reacção autoritária se faça sentir sobre o “elo mais fraco”.

José Gil definiu o país pelo «Medo de Existir». Mas o medo existe, de facto. Medo de quê? Medo, por exemplo, do possível despedimento ou do estatuto de “excedentário”; do tratamento desfavorável, da desconsideração, da pequena “vingança”... As pessoas sentem uma grande falta de segurança e estabilidade. Isto, associado aos baixos níveis salariais – que, como se sabe, estão cada vez mais longe de satisfazer as exigências do custo de vida actual e as expectativas de uma “carreira” ou de um padrão de consumo de “classe média” –, favorece a inibição, o retraimento e a crispação. Num clima geral onde quem triunfa é em geral o “yes man”, espera-se que todos nos comportemos como tal. Continuamos a debater-nos com necessidades primárias por cumprir. E a segurança é uma delas. Por isso também no mundo empresarial prolifera uma mentalidade que é avessa à mudança, à iniciativa individual, à inovação tecnológica e sobretudo à inovação social e organizacional. As lideranças são em geral medíocres e por isso também favorecem a mediocridade e o carreirismo, cego e seguidista, quer nas novas contratações quer nas avaliações e promoções de quadros e subordinados. O peso dos micropoderes nas instituições burocráticas e nas empresas continua a alimentar múltiplas situações de opressão que asfixiam a dignidade individual, a autonomia e a criatividade de cada um. Quer enquanto trabalhador quer enquanto cidadão, o Sujeito individual é suprimido ou esconde-se no anonimato e na esfera privada, inibindo por sua vez a emergência de novos sujeitos colectivos. Porque sem liberdade e iniciativa individual não é possível construir empresas competitivas, comunidades cosmopolitas e uma “esfera pública” dinâmica e exigente.

Mas, não se pode assacar as responsabilidades deste estado de coisas a uma qualquer essência “individual”. Embora os factores culturais e a mentalidade submissa estejam enraizados na própria estrutura mental dos indivíduos, são, antes de mais, as instituições democráticas, os departamentos do Estado, o governo, o parlamento, as universidades e os próprios partidos políticos, que nada fazem para promover culturas de responsabilização das pessoas, criar procedimentos, incentivos e mecanismos de diálogo orientados para a participação e para estimular a iniciativa de cada um. E no nosso país não só não o fazem como, não poucas vezes, é daí que vêm os piores exemplos.

2006/11/23

Debate Conselho da Cidade: "Transportes e Mobilidade"

27 de Novembro, 21:15 h - Casa da Cultura

2006/11/22

Nova direcção para o Iraque!

Dear friends,

Over the last few days, almost 50,000 of us have supported the call for a new plan for Iraq! Thanks to you, our Iraq ad is running TODAY in newspapers in London and Washington, DC, calling for a new diplomatic role for the international community and the withdrawal of Coalition forces from Iraq. Click below to see the ad and add your voice of support:

www.CeasefireCampaign.org

If you have not yet joined the call for a new direction in Iraq, now is the right time. Coalition governments are beginning to accept that there is no military solution, but they haven’t settled on what an alternative diplomatic approach looks like. With hundreds of thousands of civilian deaths already in Iraq, we cannot afford to miss this chance to demand a new course. Your voice could make a difference over the coming week.

With hope,

Ricken, Tom, Rachel, Lee-Sean, Amparo and the Ceasefire Campaign Team

2006/11/21

Debate Pro Urbe: Incêndios, inundações e outros riscos na cidade: Que prevenção?

23 de Novembro, 21 horas
Faculdade de Economia, Sala Keynes

2006/11/20

Diferença, igualdade e “Remix sexista” no ambiente académico de Coimbra

Diferença, igualdade e “Remix sexista” no ambiente académico de Coimbra

Elísio Estanque

A propósito de um recente comentário no meu blogue (de J. P. Filipe, a quem agradeço, sobretudo pela ironia da mensagem), convém esclarecer dois ou três pontos e denunciar mais um caso que considero preocupante.

Quem me conhece sabe que nunca fui apologista da “igualização”, do “monolitismo” ou do “pensamento único”... Pelo contrário, advogo a liberdade, a diferença e a irreverência dos costumes e dos comportamentos, não apenas entre a juventude, mas entre a comunidade mais geral de cidadãos e cidadãs livres, autónomos e emancipados que todos temos o direito (e o dever) de ser, ou pelo menos lutar para lá chegarmos!! Quem me conhece sabe também que gosto de manter o contacto com os jovens e com os estudantes, participo em jantares dos meus estudantes sempre que sou convidado, visito repúblicas, relaciono-me bem com os dirigentes associativos (da AAC, dos núcleos da minha faculdade, etc) e procuro incentivar os meus estudantes a participar mais na vida académica, associativa e cívica. Acho que isso também faz parte dos deveres de um professor.

Quanto à proposta de cartaz da latada (veja-se ‘jp filipe’ neste link) , apesar do registo irónico, diria que acho bem, acho que sim: incluir raparigas no cartaz da Festa das Latas seria o mínimo. Incluir raparigas e rapazes em ambiente de camaradagem, seria óptimo! Mas não defendo qualquer igualização. Rapazes magros, gordos, carecas e cabeludos, brancos e negros; raparigas altas e baixas ou esqueléticas..., com óculos ou sem óculos, vestidas com traje ou sem traje. Não se deve tratar como igual o que é diferente. E há diferenças fundamentais no relacionamento entre ambos os sexos que devem manter-se, que são necessárias e saudáveis, como é óbvio.

Mas isso não pode confundir-se com segregação ou exclusão seja de quem for: deficientes físicos, lésbicas ou homossexuais, minorias étnicas e religiosas, negros, brancos, asiáticos, mulheres e homens de todas as cores, raças e condições precisam de saber conviver uns com os outros na base do respeito recíproco, das regras de civismo e do relacionamento democrático que o nosso mundo multicultural requer. O que não é correcto é segregar ou excluir (ou omitir, o que é ainda pior...) quem possui estatuto igual. Como diz um famoso sociólogo de Coimbra, “devemos reivindicar a diferença sempre que a igualdade é opressiva, e reivindicar a igualdade sempre que a diferença é excludente...”.

Portanto, no âmbito desta discussão, as raparigas, as estudantes de Coimbra devem reivindicar o tratamento igual a que têm direito (é apenas a minha opinião), nomeadamente no anúncio de uma festa que é, afinal, de todos e de todas! Depois, quanto aos rituais da praxe serem feitos separadamente por cada um dos sexos ou com rapazes e raparigas à mistura, isso é um problema dos próprios estudantes. Eles e elas é que devem decidir. Por mim respeito qualquer das opções, desde que haja respeito recíproco. E acho que neste momento o que, infelizmente, se nota no seio da academia (e da parte deles e delas) é uma grande incompreensão e insensibilidade tanto em relação ao estatuto da mulher como em várias outras coisas.

Ainda ontem apareceu um cartaz da discoteca “Remix” a anunciar a “noite da mulher” que tem como imagem o traseiro nu de uma rapariga. Não, não é uma atitude pudica ou moralista que advogo, até porque a pornografia está hoje tão banalizada que já ninguém se choca com imagens de sexo explícito. Mas isto é pior do que pornografia! Revela, além de uma agressão grosseira à condição da mulher, um machismo primário e inadmissível no meio universitário. A imagem fala por si: para além do rabo sensual, dos cabelos compridos molhados, da fotografia a preto e branco sob as letras vermelhas «REMIX/ RMX NOITE DA MULHER - Todas as Terças - 6 BEBIDAS 3.5 €» há um subtexto que espelha uma absoluta falta de formação e de incultura. É claro que o poster não foi feito por estudantes nem por praxistas (presumo), mas o simples facto de existir e de ser dirigido à comunidade estudantil deveria merecer, pelo menos, o mais vivo repúdio por parte de quem saiba respeitar a dignidade das mulheres (e dos homens!).

Noutros anúncios que ultimamente circulam nas faculdades dedicados a cursos de formação práticos, também lá está a mesma mensagem: a parte dos trabalhos domésticos, costurar, passar a ferro, cozinhar, etc, obviamente, é escrita no feminino e destinada apenas às raparigas! Pois claro! Volte-se ao antigamente: mulheres em casa a bordar, a limpar e a tomar conta dos filhos e homens no futebol, nos copos e na vida pública em geral! E é impressionante que as jovens universitárias de hoje não percebam que é por estas e por outras que o seu futuro profissional está a ser hipotecado! De facto, parece que estamos em processo de acelerada regressão a este nível. E quando tudo isto acontece ao nível de quem tem ou está em vias de conseguir uma “formação superior”, que diremos do resto país?

Colégios da Sofia ameaçados

Jornal de Notícias / Centro, 17/11/2006

Colégios da Sofia ameaçados


A directora da revista "Monumentos", Margarida Alçada, defendeu uma intervenção "urgente" nos colégios da Rua da Sofia, em Coimbra, um património de "valor excepcional e de rara qualidade" que se encontra ameaçado.

"Há uma urgência enorme em intervir e recuperar este conjunto funcional notabilíssimo, que está extremamente ameaçado e se encontra mal utilizado na maior parte das situações", afirmou Margarida Alçada à Lusa à margem da sessão de apresentação do número 25 de "Monumentos".

Dedicado à cidade de Coimbra e elaborado em colaboração com o gabinete de candidatura da Universidade de Coimbra (UC) a Património Mundial, o número lançado, anteontem, dá um destaque especial aos colégios da Rua da Sofia, concebidos no Século XVI para acomodar uma das mais antigas universidades do mundo e considerados "a primeira cidade universitária portuguesa". Segunda a directora da "Monumentos", trata-se de "um património-chave da Universidade de Coimbra e do país" com "um valor arquitectónico e decorativo único" e a exigir "uma utilização condigna".

A Revista Semestral de Edifícios e Monumentos é publicada pela DGEMM e o seu número relativo a Setembro, hoje lançado, publica o dossiê temático "Coimbra, da Rua da Sofia à Baixa" com textos de, entre outros especialistas, Nuno Ribeiro Lopes (coordenador do gabinete de candidatura à UNESCO), Maria de Lurdes Craveiro, Rui Lobo, José Manuel Fernandes, Walter Rossa, Vítor Serrão e Raquel Henriques da Silva.

"Os colégios da Sofia são a memória viva dos Séculos XVI e seguinte, perdida na Alta pela acção reorganizativa do Marquês de Pombal e do Estado Novo. São a possibilidade real de, na mesma artéria e no mesmo lugar, construir uma comunhão entre a comunidade estudantil e a cidade", escreve na revista Nuno Ribeiro Lopes, que também participou na sessão.

2006/11/19

Lançamento do livro "Diários Generalistas Portugueses em Papel e Online"

Lançamento do livro Diários Generalistas Portugueses em Papel e Online

De que forma é que os jornais online utilizam o hipertexto e o multimédia? Como é que as edições online lidam com as dimensões Espaço e Tempo das notícias? Que informação é disponibilizada nos meios online? As edições em papel e online disponibilizam as mesmas notícias?

A resposta a estas e outras questões podem ser encontradas no livro "Diários Generalistas Portugueses em Papel e Online", de António José Silva, cujo lançamento vai decorrer no dia 20 de Novembro de 2006, pelas 21h, na Livraria Almedina - Estádio, em Coimbra. A apresentação do livro está a cargo de António Granado, jornalista do Público e autor do blog Ponto Media.

2006/11/13

Relatório favorável à Ecovia não impediu fim do serviço!

Jornal de Notícias / Centro, 11/11/06

Relatório favorável à Ecovia não impediu fim do serviço

Nelson Morais

A Câmara invocou prejuízos anuais de 300 mil euros para extinguir a Ecovia, no final deste ano, mas o relatório de gestão de 2005 dos Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) faz uma avaliação positiva dos resultados alcançados pelo serviço.

O documento, aprovado este ano pelo Executivo e Assembleia municipais, destaca o aumento de passageiros da Ecovia (contrariamente ao sucedido na rede geral dos SMTUC), apesar dos cortes infligidos na oferta desse serviço. Em 2005, mas também em 2004.

"Quanto aos passageiros transportados com título pago verifica-se uma redução de 0,8% no global [rede geral e Ecovia], sendo, no entanto, de realçar o aumento de 1,1% na Ecovia como sinónimo da qualidade do serviço prestado, não esquecendo que em 2004 já se tinham verificado aumentos de 10,0%", lê-se no relatório, que conclui "Os valores apurados na Ecovia são ainda mais significativos quando, fruto das reestruturações implementadas ao longo do ano, se aumentou o número de passageiros com uma redução de 9,6% nos quilómetros oferecidos".

Indisponível nos sites da Câmara e SMTUC, o relatório lembra que, em 2004 (ano em que a procura subiu 10%), também houve cortes na oferta, de 7%.

O administrador-delegado dos SMTUC, Manuel Oliveira, comentou que as reduções da oferta traduziram-se só na diminuição da frequência da passagem dos miniautocarros da Ecovia, que transportam passageiros entre parques de estacionamento periféricos e o centro da cidade.

Já o presidente do Conselho de Administração dos SMTUC, Manuel Rebanda, reconheceu o aumento da procura da Ecovia, mas considerou-o insuficiente para viabilizar o serviço, numa altura em que "os meios são escassos".

O JN pediu um comentário ao presidente da Câmara, Carlos Encarnação, que já fez aprovar a extinção da Ecovia, no final deste ano, mas não obteve resposta.

2006/11/11

Alegre avisa que o principa défice é o social

Transcrição da TSF online

Ouça aqui trechos do discurso de Manuel Alegre no Congresso do PS

Alegre avisa que o principal défice é o social

Manuel Alegre foi muito aplaudido, este sábado, pelos delegados ao congresso do PS. Com um discurso marcadamente à esquerda, o ex-candidato presidencial advertiu o Governo para as suas responsabilidades no combate ao défice social.

Numa intervenção que ultrapassou largamente os três minutos de tempo limite dados pela mesa do congresso a cada delegado, Manuel Alegre afirmou que não consegue fazer «o discurso da auto-satisfação enquanto houver dois milhões de pobres e meio milhão de desempregados no país».

Numa nota de solidariedade em relação ao executivo de José Sócrates, o vice-presidente da Assembleia da República salientou perante os congressistas que o resultado do actual Governo será também o seu resultado.

No entanto, Alegre sustentou que «os sacrifícios das finanças públicas só valem a pena se servirem para resolver o principal défice do país, que é o social».

Na sua intervenção, o ex-candidato presidencial começou por saudar José Sócrates pela sua recente reeleição para a liderança dos socialistas, mas também os subscritores (Helena Roseta, José Leitão e Fonseca Ferreira) de moções alternativas à do secretário-geral, «porque em política contam também as ideias, para além dos resultados».

Os maiores aplausos da plateia ouviram-se quando o vice-presidente da Assembleia da República repudiou a condenação à morte do ex-chefe de Estado do Iraque Saddam Hussein, quando saudou a recente vitória dos democratas nos Estados Unidos e quando apelou ao PS para que legisle no Parlamento a favor da despenalização do aborto, mesmo que o resultado do referendo não seja vinculativo.

Depois, Alegre evocou a obra política dos antigos ministros socialistas António Arnaut e Salgado Zenha, mas para deixar algumas críticas à actual actuação do Governo.

«Para a história do socialismo fica a criação do Serviço Nacional de Saúde por António Arnaut e não as taxas moderadoras nos internamentos. Para a história do socialismo fica a criação do sindicalismo livre por Francisco Salgado Zenha», declarou, antes de deixar um recado: «Socialismo e movimento sindical nasceram juntos e juntos têm de continuar, por maiores que sejam as dificuldades», defendeu.

Após uma crítica ao «capitalismo sem regras» que se instalou à escala global após a queda do muro de Berlim, Alegre considerou que o grande desafio ontológico que se coloca ao Governo socialista «é saber como resistir» a esta nova lógica neo-liberal e aos compromissos com Bruxelas «sem colocar em causa os direitos sociais».

«A reforma da administração pública tem de ser feita com e não contra os funcionários públicos. No estilo e no método de se fazer essa reforma, há muitas diferenças», avisou o dirigente socialista derrotado por José Sócrates no congresso do PS de 2004.

Na sua intervenção, respondeu também ao discurso feito por
Sócrates na véspera, lembrando o seu passado de resistência ao fascismo.

«Aprendi muito a ouvir a rua, quando participei em
manifestações corridas a cacete. Importa também que o Governo saiba dar um sentido e uma esperança aos cidadãos», declarou o ex-candidato a Presidente da República.

2006/11/10

Petição: pela retirada faseada das tropas no Iraque

Dear friends,

This week the American people voted overwhelmingly to reject President Bush's war in Iraq, and yesterday the key architect of the war, US military chief Donald Rumsfeld, announced his resignation. The winds of political change are sweeping the US, and the US-led Coalition in Iraq may -- finally -- be realising that they cannot win the war, and that they lack the legitimacy to bring stability and peace to the country without more help from the international community.

With a newly elected US Congress and a President who is finally in a listening mood, we now have a unique opportunity for a global public outcry to change the course of this disastrous war. It's the perfect time to act.

To seize this opportunity, we want to place ads in US and UK papers with a new global petition calling upon the Coalition to accept a larger role for the international community and a phased withdrawal of all its troops from Iraq. We'll publish the number of signatures we get in the ads, so we need AS MANY PEOPLE AS POSSIBLE to sign the petition in the next 48 hours. Please tell all your friends and family, and sign below:

www.CeasefireCampaign.org

This is our chance to make sure the pressure of global public opinion is being felt by Coalition governments as they rethink their war in Iraq, pressing them to accept a larger role for the international community and to withdraw their troops.

We know why it's so important to act. A shocking study released by Johns Hopkins University last month suggested that hundreds of thousands of innocent civilians have been killed in Iraq -- more than anyone thought -- and experts warn that the civil war is about to pass a point of no return. October was the worst month yet for civilian casualties, with death squads moving house to house. The killing could place Iraq alongside Darfur as one of the greatest human catastrophes of our new century.

We must not let that happen. And if we each act quickly this week, we can each play a role in stopping it.

We can reach our goal for this campaign by spreading the word. Please forward this email to as many of your friends and family as you can, and act now to add your voice to this urgent call for action:

This may be our best chance for peace yet. Let's take it.

With hope,
Ricken, Ben, Rachel, Paul, Tom, Amparo and the Ceasefire Campaign team

2006/11/09

Sessão Pública: Referendo sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez

No dia 15 de Novembro, quarta feira, às 18h 30m, realizar-se-á no HOTEL IBIS, em Coimbra, na R. Emídio Navarro, uma sessão cuja finalidade será a de organizar uma plataforma de cidadãos que queiram mobilizar-se para uma participação activa no próximo referendo sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG).

Em 1998, muitos de nós, por excesso de confiança, não fizémos tudo o que poderia ter sido feito. Que tal não venha, de novo, a acontecer. Quem não puder comparecer, mas concordar com a pertinência desta intervenção, que se sinta completamente à vontade para a divulgar.

O evento é organizado por cidadãos independentes, estando aberto a todos!

Eleições nos EUA: Mensagem de Michael Moore aos americanos... e a todos no Mundo!

November 8th, 2006

Friends,

You did it! We did it! The impossible has happened: A majority of Americans have soundly and forcefully removed Bush's party from control of the House of Representatives. And, sometime today perhaps, we may learn that the same miracle has happened in the Senate. Whatever the outcome, the American people have made two things crystal clear: End this war, and stop Mr. Bush from doing any more damage to this country we love. That is what this election was about. Nothing else. Just that. And it's a message that has sent shock waves throughout Washington -- and a note of hope around this troubled world.

Now the real work begins. Unless we stay on top of these Democrats to do the right thing, they will do what they've always done: Screw it up. Big Time. They helped Bush start this war, and now they should make amends.

But let's take a day to rejoice and revel in a rare victory for our side -- the side that doesn't believe in unprovoked invasions of other countries. This is your day, my friends. You have worked hard for it. I can't tell you how proud I am to count all of you as part of the greater American mainstream we now occupy. Thank you for all the time you gave this week to get out the vote. Some of you have been at this since the large demonstrations of February 2003 when we tried to stop the war before it started. Only 10-20% of the country agreed with us at that time. Remember how lonely that was? Some people were even booed! Now, 60% of the country agrees with our position. They are us and we are them. What a nice, strange, hopeful feeling.

A woman, for the first time in our history, will be Speaker of the House. The attempt to ban all abortion in the conservative state of South Dakota was defeated. Laws to raise the minimum wage were passed. Democrats were elected to fill Tom DeLay's and Mark Foley's seats. Detroit's John Conyers, Jr. is going to be the Chairman of the House Judiciary Committee. The Democratic governor of Michigan beat the CEO from Amway. The little township next to where I live in Michigan voted Democratic for the first time since... ever. And on and on and on. The good news will continue throughout today. Let's enjoy it. Savor it. And use it to get Congress to finally listen to the majority.

If you want to do one thing today, send an email or a letter to both of your senators and your member of Congress and tell them, in no uncertain terms, what this election means: End the war -- and don't let George W. Bush get away with any more of his bright ideas.

Congratulations, again! Now let's go find a spine for the Dems to do the job we've sent them there to do.

Yours in victory (for once!),

Michael Moore
mmflint@aol.com
www.michaelmoore.com

P.S. And for those of you who asked how "Sicko" is coming along, the answer is: better than we ever expected! We're hard at work in the edit room and it will be in theaters in June. Thanks again, everyone, for your support.

2006/11/08

Resultados das eleições para os órgãos sociais do MIC

Transcrição do site nacional do MIC

181 membros elegem órgãos sociais do MIC

Decorreu na noite de anteontem o escrutínio dos votos para a eleição dos órgãos sociais do MIC. Dos 181 votos entrados, a Mesa e o Conselho Geral recolheram 176 votos favoráveis (97,2%), a Comissão Coordenadora 178 (98,3%) e o Conselho Fiscal 179 (98,9%).

A percentagem de votantes foi de 35,5% (181 votos em 510 inscritos nos cadernos eleitorais). A mesa eleitoral foi constituída por Manuela Neto, José Leitão e Helena Roseta.

A vida é feita de pequenos passos

A vida é feita de pequenos passos. De nadas. O MIC deu [ante]ontem um primeiro pequeno passo. Fez eleições e elegeu os membros de todos os seus corpos sociais. Dir se á pouca coisa. Todavia, sem esse pequeno toque de realização organizacional dificilmente se poderiam atingir outros objectivos. Os objectivos que fazem desta associação um movimento de intervenção cívica. É isso o que somos em substância e nas finalidades.

Não somos e não queremos ser um “protopartido” ou sequer um “partidozinho”. Não somos e não queremos ser um “clube”, mesmo que os seus membros se considerem unidos por um sentir comum.

Somos e queremos ser tão só um movimento. Uma realidade política diversa que se assume dinâmica, plural, inclusiva, crítica, talvez mesmo hipercrítica, interventora, tendo sempre como pano de fundo um cada vez mais intenso aprofundamento da democracia. De uma democracia plural, complexa e defensora à outrance dos direitos, liberdades e garantias, mas também dos direitos sociais.

José de Faria Costa [Presidente eleito da Mesa da Assembleia Geral]

2006/11/06

Petição contra a lapidação

Querido amigo,
Querida amiga,

Parisa, Iran, Khayrieh, Shamameh, Kobra, Soghra y Fatemeh son siete mujeres iraníes condenadas a morir lapidadas. Quizá no tengamos mucho tiempo para actuar.

La República Islámica de Irán trata el adulterio como un delito castigado con la pena de muerte por lapidación, violando el Pacto Internacional de Derechos Civiles y Políticos, que garantiza el derecho a la vida y prohíbe la tortura.

Parisa, Iran, Khayrieh, Shamameh, Kobra, Soghra y Fatemeh han sido injustamente condenadas a la pena más cruel, inhumana y degradante, la de la pena de muerte.

Pero aún estamos a tiempo de parar su ejecución. Sabemos que podemos contar contigo. No te quedes en silencio.


Gracias por tu apoyo,

Esteban Beltrán
Director - Amnistía Internacional

2006/11/05

Há um ano... Hoje aqui estamos, pelos mesmos ideais!

Transcrição do site nacional do MIC

Há um ano Manuel Alegre lançava Contrato Presidencial

"Candidato-me por um Portugal de todos. Não apenas dos donos dos aparelhos, sejam eles económicos, mediáticos ou políticos. Não há donos do voto nem da consciência dos homens e das mulheres livres de Portugal. Candidato-me por um Portugal que se diga no plural, uma Pátria que sois vós, uma Pátria que somos nós, um Portugal de todos." afirmava Manuel Alegre, há um ano, no lançamento do seu Contrato Presidencial.

Com esta frase Manuel Alegre dava o mote daquela que viria a ser uma campanha pioneira que surpreendeu tudo e todos com o resultado alcançado. Essa data marca o momento fundador de uma nova forma de intervir na vida política em Portugal, depois sintetizada no lema "O poder dos cidadãos". Hoje, como então, continuamos a querer o Portugal "mais livre, mais justo e mais fraterno" anunciado pelo preâmbulo da Constituição da República Portuguesa.

Extinção da Ecovia? Não, obrigado!

Jornal de Notícias - Centro, 4/11/2006

NÚMEROS DA ECOVIA
"O serviço da Ecovia é espectacular"

Nelson Morais

Quinta-feira, 2 de Novembro, 9.50 horas. No Parque Sul da Ecovia, na Casa do Sal, em Coimbra, há quatro lugares de estacionamento livres, 139 ocupados. Um dos automóveis estacionados é o de Celina Matos, 21 anos. Acaba de chegar da aldeia de S. João do Campo e entra num dos dez miniautocarros da Ecovia, com destino à Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (UC), onde é aluna finalista.

Celina Matos faz isto "quase todos os dias" e, por isso, é das pessoas que aguardam com expectativa a reunião, na próxima segunda-feira, em que a Câmara de Coimbra poderá decidir acabar com a Ecovia, ao fim de nove anos. A medida é proposta pelo presidente da Câmara de Coimbra, Carlos Encarnação, e justificada com os prejuízos financeiros deste serviço de transportes.

Consciente das enormes dificuldades em estacionar na Universidade e do "trânsito infernal" na Baixa de Coimbra, Celina Matos gostaria que a a Ecovia sobrevivesse aos critérios economicistas da autarquia. Se isso não acontecer, passará a entrar com o seu carro no centro da cidade e a estacioná-lo no Parque do Mercado D. Pedro V, ou no do "shopping" Avenida, adianta, num dos 16 lugares do miniautocarro, onde viajam mais quatro passageiros.

Pouco depois das 9 horas desta quinta-feira - entre um feriado e o fim-de-semana, assinala um motorista, garantindo que há menos passageiros do que o habitual - entra meia-dúzia de pessoas no miniautocarro que se prepara para arrancar do parque da Ecovia no Vale das Flores. Albino Gonçalves, professor, só tem tempo de dizer que a possível extinção da Ecovia "é uma estupidez, se querem evitar que as pessoas levem os carros para o centro da cidade". Minutos depois, envia uma SMS ao JN, contando que o miniautocarro onde seguiu "encheu nas paragens do Estádio e Girasolum e deixou pessoas em terra na paragem do Dolce Vita".

O administrador-delegado dos SMTUC, Manuel Oliveira, diz que, até às 9 horas, as viaturas da Ecovia "enchem". Já os motoristas ouvidos pelo JN garantem que isso também sucede à hora de almoço e fim da tarde. Entre estes períodos, as carreiras mantém a frequência de 15 minutos, apesar da procura decrescer.

Filomena Gadanha, 50 anos, mora na Quinta da Boavista, trabalha na Segurança Social e é cliente desde a primeira hora. "O serviço da Ecovia é espectacular", avalia, defendendo que a Câmara devia mantê-lo, "pelo menos, nas horas de ponta".

Mas o administrador dos SMTUC diz que a proposta que a Câmara quer fazer aprovar elimina o serviço actual dos miniautocarros, permitindo aos utilizadores dos parques da Ecovia viajarem nos autocarros convencionais. De resto, diz que o serviço tem tido um prejuízo anual de 300 mil euros (60 mil contos) e que, nos primeiros nove meses deste ano, apenas vendeu 245 mil títulos de viagem. Em 2005, esse número foi de 355 mil, em 2001 de 373 mil e em 1998 de 271 mil.

Serviço pouco divulgado

Ao contrário de Oliveira, praticamente todos os utentes da Ecovia ouvidos pelo JN defendem que esta não tem a procura desejada, por não beneficiar de uma aposta séria na sua promoção. "Houve muito pouca divulgação", aponta Celeste Santos, empregada de comércio, de 53 anos. Já Odete Bairrada, de 29, diz que a divulgação não chega. Para esta funcionária da UC, é preciso coragem para restringir o estacionamento e circulação do automóvel no centro da cidade.
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2006/11/02

Eleição dos órgãos sociais do MIC

A eleição dos órgãos sociais do MIC está à porta! Recomenda-se que o voto seja enviado até amanhã, 6ª feira dia 3, de forma a chegar a Lisboa na 2ª feira. Pode ver a lista candidata e descarregar aqui o boletim de voto .


O voto para eleger os órgãos sociais do MIC é feito por correspondência. Podem votar todos os membros fundadores e os efectivos inscritos até 25 de Outubro.

Pode imprimir o boletim de voto que aqui se publica em versão pdf.

Para votar, é necessário preencher o boletim de voto, dobrá-lo e metê-lo dentro de um envelope normal, com o nome e assinatura bem visíveis por fora. Esse envelope, fechado, deve depois ser metido dentro de um envelope de correio azul, juntamente com uma fotocópia das duas faces do seu BI, dirigido ao MIC - apartado 27153, EC D. Luís I, 1201-950 Lisboa.

O voto deve dar entrada no apartado até às 18.00 do dia 6 de Novembro.

Os envelopes recebidos serão abertos no dia 6 de Novembro, em acto público e aberto, que decorrerá na Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul, Av. D. Carlos I, nº 61, 1º andar, em Lisboa (estacionamento junto ao Largo de Santos).